A empresa de foguetes SpaceX demitiu pelo menos cinco funcionários depois de descobrir que eles redigiram e distribuíram uma carta criticando o fundador Elon Musk e pedindo aos executivos que tornem a cultura da empresa mais inclusiva, disseram duas pessoas familiarizadas com o assunto à agência de notícias Reuters.
A SpaceX não respondeu imediatamente a um pedido de comentário da agência.
O jornal “The New York Times” informou na quinta-feira (15) que a SpaceX havia demitido funcionários associados à carta, citando três trabalhadores com conhecimento da situação, mas não detalhou o número de demissões.
A presidente da SpaceX, Gwynne Shotwell, enviou um e-mail dizendo que a empresa havia investigado e “demitido vários funcionários envolvidos” com a carta, disse o jornal.
Conforme publicou o Times, o e-mail de Shotwell dizia que os funcionários envolvidos na divulgação da carta foram demitidos por fazer outros funcionários se sentirem “desconfortáveis, intimidados, oprimidos e/ou irritados porque a carta os pressionou a assinar algo que não refletia suas opiniões”.
A carta, intitulada “uma carta aberta aos executivos da SpaceX“, obtida pela Reuters, chamou Musk de “distração e constrangimento” para a empresa que ele fundou.
Em uma lista de três demandas, o material disse que “a SpaceX deve se separar rápida e explicitamente da marca pessoal de Elon”, “manter toda a liderança igualmente responsável por tornar a SpaceX um ótimo lugar para trabalhar para todos” e “definir e responder uniformemente a todas as formas de comportamento inaceitável”.
A carta, relatada pela primeira vez pelo portal americano The Verge, foi redigida por funcionários da SpaceX nas últimas semanas e compartilhada como anexo em um chat interno em grupo “Morale Boosters” que reúne milhares de funcionários, disse uma pessoa familiarizada com o assunto à Reuters, que pediu para não ser identificada.
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