O presidente Jair Bolsonaro já havia decidido trocar Mauro Coelho no comando da empresa e já havia escolhido o sucessor, Caio Paes de Andrade. Só que, em razão dos trâmites internos da Petrobras, a troca só seria efetivada após algumas semanas.
Nos últimos dias, Bolsonaro e aliados, entre eles Lira, intensificaram a pressão para que Mauro Coelho pedisse para sair. Isso porque o presidente e sua equipe decidiram pôr na Petrobras a culpa pela disparada nos preços dos combustíveis.
A estatal alega que, por lei, tem que repassar para o mercado interno as oscilações do mercado externo nos preços de petróleo e derivados. Com essa argumentação, aplicou, na sexta-feira (17), um novo reajuste nos preços da gasolina e do diesel. Foi o estopim para Bolsonaro dizer que a Petrobras estava traindo o povo brasileiro e para Lira chamar uma reunião, que deve ocorrer nesta segunda, para discutir com líderes da Câmara mudanças no modelo de preços da estatal.

Lira se reúne com líderes partidários para discutir política de preços da Petrobras
Agora Lira diz que a saída de Mauro Coelho é uma situação em que não há vencedores nem vencidos. Para ele, segue o drama da população, que precisa lidar com o aumento dos preços.
“Não há o que comemorar nos fatos recentes envolvendo a Petrobras. Não há vencedores, nem vencidos. Há só o drama do povo, dos vulneráveis e a urgência para a questão dos combustíveis”, disse Lira no Twitter.
O presidente da Câmara disse ainda que a “hora é de humildade por parte de todos” e que “a intransigência não é o melhor caminho”.
“A ganância não está acima do povo brasileiro”, concluiu Lira.
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